Participantes aproveitaram programação de dezembro com culto e simpósio acadêmico
Nos dias 03 e 04 de dezembro, a Comunhão Universitária Evangélica realizou seu XIX Culto de Integração e seu IV Simpósio Acadêmico, respectivamente. As programações aconteceram na Capela Moriá, localizada no bairro Joaquim Távora, reunindo professores, estudantes e demais cristãos compromissados com a defesa da fé.
Na noite do Culto, o professor Glauco Filho - diretor da Comunie – pregou baseado no texto de Isaías 30: 08 ao 15, explanando sobre a importância do preceitos que Deus deixou em sua palavra.
Vai, pois, agora, escreve isto numa tábua perante eles e registra-o num livro; para que fique até ao último dia, para sempre e perpetuamente.
Isaías 30:8
Assim como os versículos seguintes do capítulo falam sobre a rebeldia de um povo que não quer servir ao Senhor, a mensagem trazida na noite de sexta-feira abordou sobre como Deus sempre abre uma porta para a igreja que, em meio ao liberalismo ideológico, ainda permanece fiel na palavra. Nas palavras do diretor Glauco, em pregação:
“O mundo não pode mudar a si mesmo. Somente alguém que está fora do mundo pode transformá-lo. A igreja está aqui para isso e a Bíblia é nossa arma para essa transformação”
No dia seguinte, na manhã de sábado, foi iniciada a programação do IV Simpósio Acadêmico intitulado “Universidade, Sociedade e Cosmovisão Cristã”. Confira o registro:
No primeiro momento, o palestrante Rui Martinho, professor do departamento de história na UFC, explanou sobre os desafios que o cristão enfrenta com o aparelhamento ideológico das universidades. Segundo as observações de Rui, alguns cristãos ingressam na universidade "desprotegidos" e sem aparo por estarem habituados à comunhão em uma bolha cristã.
Em seguida, Débora Leite, professora da Faculdade de Educação da UFC, abordou sobre os dilemas encontrados na educação contemporânea. A especialista em psicopedagogia citou bullying, intolerância religiosa e ideologias sobre gênero como alguns dos desafios enfrentados. Débora lecionou aos presentes como o acesso à educação foi impulsionado pelo protestantismo e lembrou a solução para guardar os jovens alunos das ilusões ideológicas atuais:
"Mais do que consciência, é preciso experiência. Nós precisamos levar nossas crianças e adolescentes a sentirem a experiência da presença do Espírito Santo".
No momento da tarde, o professor Glauco Filho dialogou com o público sobre a cosmovisão cristã a respeito das relações entre Estado, sociedade e justiça. Mestre em Direito, o docente argumentou que direitos "não são para satisfazer privilégios pessoais" e também que há como fazer justiça social sem desfazer a soberania das esferas.
Por último, após o momento de comunhão no coffee break, movimentos cristãos universitários apresentaram-se ao público. Representado pelas estudantes Steffane Odorico, Ketleen de Sousa e Nadiely de Sousa, o movimento Cru Campus demonstrou como têm acontecido os encontros neste momento de pandemia, testemunhando sobre a eficácia do discipulado cristão.
Além disso, o movimento Vidas Para Cristo também teve a oportunidade de evidenciar a importância da presença ativa de cristãos no ambiente universitário. As discentes Karyny Dias e Lay Hanna, representantes do movimento, discursaram sobre como a universidade pode ser um ambiente questionador da fé, apontando para a importância de estar alicerçado e em comunhão com irmãos em Cristo.
Tendo sido este o primeiro simpósio realizado pela Comunie desde o início da pandemia, foi visível o engajamento dos participantes - sempre atentos e fazendo perguntas relacionadas aos temas. A estudante Medilanda Sanca, egressa da Unilab e mestranda em antropologia pela UFC, participou do evento pela primeira vez e expressou satisfação em participar:
"É interessante ouvir como as experiências dos estudantes são as mesmas: o encaixotamento de pensamentos, a falta de acesso a outras teorias e outras leituras. É sempre confortante ouvir palestras e encontrar pessoas que comungam das mesmas ideias. O que mais me marcou no aprendizado de hoje é que não basta apenas saber, é preciso se posicionar".
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